Quando o SENHOR JESUS CRISTO foi questionado sobre qual era o maior mandamento da Lei, Ele respondeu:
- Amarás o SENHOR teu DEUS de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.
- Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
E acrescentou: “Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:37-40).
Esses dois mandamentos não nasceram com Moisés. Eles têm origem no Éden, antes do pecado, quando DEUS estabeleceu dois fundamentos de vida que revelam Seu propósito para o homem: o sábado e o casamento.
Criados à Imagem e Semelhança de DEUS
Ser criados à imagem e semelhança de DEUS significa termos liberdade e autonomia reais. DEUS não nos criou como servos sem vontade, mas como seres capazes de imitá-LO voluntariamente.
Por isso, tudo o que DEUS fez no Éden se tornou referência, não imposição.
O Descanso no Sétimo Dia: Amar a DEUS
DEUS criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo (Gênesis 2:2-3). Ele não estava cansado, mas santificou o tempo como referência para o homem.
Por isso, quando DEUS descansou no sétimo dia, Ele não impôs isso como mandamento, mesmo sabendo que o homem precisava de descanso. O SENHOR JESUS CRISTO mais tarde revelou esse sentido: “O sábado foi feito por causa do homem” (Marcos 2:27).
Assim, o descanso foi dado como exemplo, não como imposição. Em liberdade, o homem deveria imitar o Criador — e esse foi o primeiro passo para cumprir o propósito de DEUS: viver em comunhão com Ele.
Portanto, o sábado é a raiz do amor a DEUS: dedicar tempo para contemplar o Criador e declarar, pela prática, que Ele é o centro da vida.
O Casamento: Amar o Próximo
DEUS também disse: “Não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2:18).
Formou a mulher e os uniu em uma só carne (Gênesis 2:24).
O casamento é a primeira relação de “próximo” na história. Não existe união mais íntima do que entre homem e mulher. Dessa união nasce a família e a multiplicação da humanidade.
Assim como o sábado, o casamento não foi dado como lei, mas como expressão natural de vida. Tornou-se mandamento apenas depois, para proteger o que já era sagrado desde o princípio.
O casamento é, portanto, a raiz do amor ao próximo: cuidar do outro como de si mesmo, pois marido e mulher são uma só carne.
Enoque e Noé: Exemplos Antes da Lei
- Enoque “andou com DEUS” (Gênesis 5:24). Mas como? Não havia mandamentos escritos. A única referência que ele tinha era o descanso do sétimo dia e a ordem da criação no casamento. Seu andar com DEUS só pode significar que ele viveu de acordo com esses fundamentos.
- Noé foi achado justo e íntegro em suas gerações (Gênesis 6:9). Sua integridade mostra respeito pelo casamento, e sua justiça aponta para a comunhão com DEUS. Por isso, através dele, DEUS preservou a humanidade.
Assim, o que era vida natural no Éden tornou-se, após o pecado, fundamento para a Lei.
A Lei e os Profetas
A Lei de Moisés formalizou aquilo que já estava no princípio:
- O sábado → amar a DEUS sobre todas as coisas.
- O casamento → amar o próximo como a si mesmo.
Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois fundamentos.
JESUS CRISTO: Tirar o Pecado, Não Apenas Perdoar
Aqui está a diferença essencial:
- Perdoar pecados seria apenas apagar o erro, sem mudar a condição humana.
- Tirar o pecado do mundo (João 1:29) é destruir a raiz do mal — a condenação da morte herdada de Adão — e dar ao homem a oportunidade de viver em novidade de vida.
O perdão já foi dado em JESUS CRISTO. Não precisamos viver pedindo perdão repetidas vezes como se fosse moeda de troca. O que DEUS espera é que reconheçamos o caminho errado, nos arrependamos e iniciemos uma nova jornada, deixando para trás o erro e caminhando em justiça.
Assim está escrito:
“O que confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13).
A confissão verdadeira é reconhecer o erro, e o arrependimento é deixá-lo para não voltar atrás. O pedido de perdão está implícito nesse processo, mas o centro está em mudar de direção.
Conclusão
No Éden, DEUS já havia revelado o plano:
- O sábado → amar a DEUS, imitando-O em comunhão.
- O casamento → amar o próximo, vivendo em aliança de amor e fidelidade.
O pecado interrompeu esse caminho, mas a Lei e os Profetas ecoaram esses fundamentos. O SENHOR JESUS CRISTO, porém, não veio apenas para perdoar pecados, mas para tirar o pecado do mundo e nos reconduzir ao princípio.
Agora, tendo recebido vida em JESUS, o que importa não é falar em transgressão, mas em guardar e praticar a vontade de DEUS, revelada em Sua Lei. Esse é o verdadeiro propósito de termos sido criados à Sua imagem e semelhança: viver em liberdade, escolhendo imitar o Criador em tudo.